Así a describe Ramón Otero Pedrayo con tradución ao portugués de Augusto Casimiro:
Portugal e Galiza, unidade ocidental, atlântica, prematura flor da Europa estendida, ao mundo de Ocidente, só têm por fronteiras o sonho e o desejo imortal traduzidos na geografía do espítito pelo Letes, o río das vagorosas margens... A "fronteira" histórica é uma cicatriz. Tocar-lhe faz doer. Por iso falaremos dela com dor e piedade. Como é un facto histórico, temos de aceitá-la, provisoriamente resignados, e dedicar-lhe uma lembrança objectiva e passageira.
Nâo podemos determinar as razoês desta demarcaçâo fronteiriça, que nâo sabemos se corresponde ao necessário equilíbrio de tensôes temporais. Segui-la-emos, no entanto, nos seus dois sectores. Encontraremos por vezes uma passividade triste, a da paisagem cortada, mutilada por grades e portadas; outras vezces, pressente-se a poderosa realidade incomprensível das imposiçôes oficiais e entâo tentaremos esquecer a tristeza dos regulamentos da fronteira. Isto, por veces, faz rir por fora, enquanto por dentro sorvemos as lágrimas.
Cando foron escritos os parágrafos anteriores, Portugal e España non formaban parte da Unión Europea. Hoxe, ó mellor, Otero Pedrado vería na paisaxe uhna continuidade que lle causaría pracer.
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